sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Convite para conhecer o livro

Triste Fim de Policarpo Quaresma é um romance do pré-modernismo brasileiro e considerado o principal representante desse movimento.
Escrito por Lima Barreto, o romance conta sobre o nacionalismo, também fala do abismo existente entre as pessoas idealistas e aquelas que se preocupam apenas com seus interesses e com sua vida normal. Em alguns pontos a história chega a ser cômica por causa da narrativa leve que tem , mas sempre salpicada de críticas a vários aspectos da sociedade, a história se torna mais tensa apenas quando o autor analisa a loucura e no seu final, quando são feitas críticas mais pesadas ao positivismo e ao presidente Floriano Peixoto 

Biografia de Lima Barreto

Afonso Henriques de Lima Barreto era mestiço, quando ele tinha apenas sete anos, sua mãe morre. Estudou no Colégio Pedro 2o e cursou engenharia na Escola Politécnica. Ainda estudante, começou a publicar seus textos em pequenos jornais e revistas estudantis.
   Com o agravamento da saúde de seu pai, abandonou a faculdade e passou a trabalhar na Secretaria de Guerra. Grande cronista de costumes do Rio de Janeiro, Lima Barreto passou a colaborar para diversas revistas literárias.Lima Barreto publicou um de seus melhores romances, "Triste Fim de Policarpo Quaresma", e em 1915, a sátira política "Numa e a Ninfa".   Barreto lutou contra as injustiças sociais e os preconceitos de raça, de que ele próprio era vítima. Em 1914 passou dois meses internado no Hospício Nacional, para tratamento do alcoolismo. Neste mesmo ano foi aposentado do serviço público por um decreto presidencial.   Em 1919 o escritor foi internado. As experiências deste período foram narradas pelo próprio Lima Barreto no livro "Cemitério dos Vivos". Nesse mesmo ano publicou a sátira "Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá", inspirada no Barão do Rio Branco, e ambientada no Rio de Janeiro.
   Lima Barreto candidatou-se à Academia Brasileira de Letras. Não obteve a vaga, mas chegou a receber uma menção honrosa. Em 1922 o estado de saúde de Lima Barreto deteriorou-se rapidamente, culminando com um ataque cardíaco. O escritor morreu aos 41 anos, deixando uma obra de dezessete volumes, entre contos, crônicas e ensaios, além de crítica literária, memórias e uma vasta correspondência. Grande parte de seus escritos foi publicada postumamente.

Fotos







Características do Pré-Modernismo

O Pré-Modernismo acontece anos antes da Semana da Arte Moderna, em 1922, e é o período de transição entre as tendências do final do Simbolismo ou Parnasianismo, século XIX, e o Modernismo.
Os principais escritores pré-modernistas são: Euclides da Cunha, Lima Barreto, Monteiro Lobato, Graça Aranha e Augusto dos Anjos.
 
    
Com a mentalidade pós-republicanal positivista e liberal, a burguesia industrial e tinha produção e exportação de leite e café.
     
O Pré-Modernismo não pode ser considerado um escola literária, mas sim um período literário de transição do Realismo e Naturalismo para o Modernismo. A maioria de seus membros não se enquadra como Modernistas por não terem sobrevivido o suficiente para participar do movimento. 
     Apesar de alguns conservadorismos, são obras inovadoras, apresentando uma ruptura com o passado, com o academismo, a linguagem de Augusto dos Anjos, ponteadas de palavras "não poéticas" como cuspe, vômito, escarro, vermes, era uma afronta à poesia parnasiana ainda em vigor, a denúncia da realidade brasileira, negando o Brasil literário herdado de Romantismo e Parnasianismo, o Brasil não oficial do sertão nordestino, dos caboclos interioranos, dos subúrbios.

Resumo

Primeira parte
Policarpo Quaresma passa parte de seu tempo lendo livros, é criticado pela vizinhança que não consegue aceitar que alguém sem titulação acadêmica possa possuir livros , e criticam ainda mais quando ele decide aprender a tocar violão, um instrumento mal visto pela burguesa da época, o violão, por considerá-lo um representante do espírito popular do país.
E é no aprendizado do instrumento que conhece seresteiro Ricardo Coração dos Outros, contratado para lhe ensinar. Porém, cedo, Policarpo se desencanta pelo violão e pelo folclore e parte em busca das tradições indígenas.
após ter sugerido à assembleia legislativa republicana a adoção do tupi como língua oficial e ser motivo de chacota de toda a imprensa e dos colegas de repartição, Policarpo redige, distraído, um documento oficial naquela língua e termina, após uma elipse temporal, internado num manicômio.
Segunda parte
Policarpo vende sua casa e compra, um sítio na fictícia cidade de Curuzu, denominado Sossego e onde ele passa a tentar provar a decantada fertilidade do solo brasileiro.
Com a ajuda do empregado Anastácio, Policarpo luta contra saúvas, ervas daninhas e outras pragas na tentativa de incentivar a iniciativa agrícola em outras pessoas e ajudar no crescimento econômico do Brasil. Mas além disso, ele continuava a lutar contra a opinião pública e as autoridades.
Sua plantação gerou pouquíssimos lucros, por causa da peste negra e da chuva de areias. Para piorar, Policarpo viu-se envolvido, involuntariamente, na luta política da cidade, sendo atacado com multas e difamações por gregos e troianos, tudo por causa de sua suspeita neutralidade.
Ao saber sobre a Revolta da Armada, pede energia em telegrama ao Presidente Floriano Peixoto e segue para o Rio de Janeiro para dar apoio ao regime e sugerir reformas que mudassem a situação agrária. 
Terceira parte
Chegando ao Rio, Policarpo é bem recebido por Floriano Peixoto, que, no entanto, dá pouca atenção às suas propostas de reforma.
Decidido a lutar pela República, ele é então incorporado a um batalhão, o "Cruzeiro do Sul", com o posto de major.
A revolta criava muita tensão devido a prisões e violências arbitrária e oportunidades de ascensão social e empregatícia a cupinchas e puxa-sacos. Policarpo percebe que suas propostas não eram levadas a sério pelo indolente Marechal de Ferro Floriano Peixoto e desilude ainda mais quando acaba por matar um dos revoltosos.
Finda a revolta e encarregado de cuidar de um grupo de prisioneiros, Policarpo chega à conclusão de que a pátria, à qual ele sacrificara sua vida de estudos, era uma ilusão.
Seu destino é selado quando, após presenciar a escolha arbitrária de prisioneiros a serem executados, ele escreve uma carta a Floriano Peixoto denunciando a situação.
No final, Policarpo, devido às suas críticas, é preso e condenado ao fuzilamento, por ordem do presidente Floriano Peixoto sob a acusação de traição.

Os 3 Projetos de Policarpo Quaresma

Policarpo Quaresma era um grande patriota, do qual tinha três projetos, e desejava realizá-los. Perguntamos se esses projetos poderiam ser estabelecidos no dias de hoje e podemos a chegar em algumas conclusões.
Primeiro projeto, instituição de uma língua brasileira. A idéia de uma língua brasileira pretendia reforçar a independência brasileira, como um país solido e aculturado. A língua portuguesa brasileira talvez não seja completamente nacional, mas esta longe de ser uma língua pertencente a outro povo. Podemos dizer que esse projeto seria falho nos dias atuais, pois já estabelecemos uma língua muito desenvolvida e rica de conteúdo, e não deixa de demonstrar seu nacionalismo.
Segundo projeto, agricultura. Esso projeto esta em constante evolução no Brasil, pois somos grandes no setor primário, desenvolvemos muito em quantidade e qualidade. Se vivo Policarpo Quaresma, seria feliz com o grande desenvolvimento na agricultura do Brasil.
Terceiro Projeto, política. Este e outro projeto que continua em evolução, nosso povo, a cada dia que se passa, esta se interessando mais pela política. Apesar dos grandes números de desvios de verbas e falcatruas políticas, esses vêm diminuindo com a intervenção do povo, rumo a uma política honesta, que trará um grande desenvolvimento nacional.